O Acre reduziu em 47,4% os focos de queimadas no primeiro semestre de 2025, comparado ao mesmo período de 2024. O número caiu de 137 para 72 ocorrências, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma).
A queda está entre as maiores da última década no estado e acompanha o recuo observado no país, que apresentou a menor taxa desde 2018.
A redução, segundo a Agência Acre, foi resultado de uma série de medidas integradas, lideradas pelo governo estadual por meio do Gabinete de Crise e do Grupo Operacional de Comando e Controle.
As ações envolvem órgãos municipais, estaduais e federais, com foco no planejamento, monitoramento e combate ao desmatamento e às queimadas. Entre as ações em andamento está a Operação Fogo Controlado, que conta com R$ 5,6 milhões em recursos.
A iniciativa amplia a prevenção durante o período mais seco do ano e faz parte do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas, que prevê reduzir o desmatamento em 50% até 2027.
A Operação Contenção Verde, iniciada em fevereiro, atua de forma contínua em áreas vulneráveis, reunindo equipes de diversos órgãos ambientais e de segurança, como a Polícia Militar Ambiental, o Corpo de Bombeiros e o Instituto de Meio Ambiente.
O trabalho envolve ainda o uso de tecnologias para o rastreamento e resposta rápida aos focos de calor. Outra ação importante foi a seleção de 45 brigadistas comunitários, todos moradores de áreas protegidas. Eles passaram por capacitação para atuar diretamente na prevenção e controle de incêndios em unidades de conservação.
Os brigadistas atuam em regiões como o Lago do Amapá, a Floresta Estadual do Antimary e o Rio Gregório.
O Acre tem sido beneficiado por ações nacionais. O governo federal aprovou repasses do Fundo Amazônia para fortalecer os corpos de bombeiros da região. O estado recebeu cerca de R$ 21 milhões.
A contratação de mais de 4 mil brigadistas federais em 2025 também reforça as operações em campo.
O objetivo do governo é integrar ações de fiscalização e prevenção, ampliando a resposta às ameaças ambientais.
