O Acre enfrenta a pior seca dos últimos anos, com o fenômeno avançando rapidamente em todo o estado. Dados do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA) mostram que, entre abril e maio, as áreas afetadas saltaram de 40% para 64% do território acreano, incluindo 20% com seca moderada - a situação mais grave registrada no Norte.
O governo estadual declarou situação de emergência e ativou o Gabinete de Crise, que reúne 26 órgãos públicos.
Na última reunião técnica, realizada no último dia 18, no Museu dos Povos Acreanos, especialistas apresentaram projeções alarmantes: os próximos três meses devem ser os mais críticos, com redução drástica no volume dos rios e aumento do risco de incêndios florestais.
Entre as medidas estão: Distribuição emergencial de água potável para 32 comunidades ribeirinhas; criação de 15 novas brigadas comunitárias contra queimadas; operação Contenção Verde para combate ao desmatamento ilegal Monitoramento 24h dos níveis dos rios Juruá, Tarauacá e Acre.
O governador Gladson Cameli (PP) autorizou a liberação de R$ 8,5 milhões em recursos extraordinários para ampliação do programa de cisternas familiares Aquisição de novos caminhões-pipa Contratação temporária de 120 bombeiros civis.
Monitor de Secas, ferramenta criada com base em modelos norte-americanos, indica que o Acre concentra atualmente os piores índices da Amazônia Legal. Para piorar, o estado vizinho do Amazonas registra níveis fluviais 30% menores que no mesmo período de 2023, o que pode afetar o transporte de suprimentos.
A população pode acompanhar a situação pelo aplicativo "Defesa Civil Acre", que emite alertas sobre: Qualidade do ar e locais com distribuição de água e restrições do uso de água.