O Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento realizou 137 cirurgias cardíacas em 2024. Entre janeiro e maio deste ano, foram 56 intervenções, incluindo eletivas e emergenciais. Os dados são da Secretaria de Saúde (Sesau), responsável pela expansão de serviços especializados.
A unidade hospitalar passou por reestruturação nos últimos anos, com a criação de uma UTI cardiológica e a formação de uma equipe fixa de cirurgiões. Antes, pacientes dependiam de transferência para outros estados ou mutirões.
Agora, têm acesso a tratamentos de alta complexidade localmente. Um dos marcos foi a primeira cirurgia de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea, feita em um paciente de 72 anos.
O método evita a parada cardíaca durante o procedimento, reduzindo riscos e tempo de recuperação.
Outro avanço foi o implante pioneiro de um marcapasso fisiológico, que estimula o ritmo natural do coração.
No Centro de Diagnóstico Especializado (CDE), vinculado ao hospital, foram feitos 1,3 mil atendimentos cardiológicos nos primeiros cinco meses de 2025. A unidade oferece exames como cateterismo, ecocardiograma e monitoramento de pressão arterial, além de preparar pacientes para cirurgias.
O CDE funciona de segunda a sexta, das 7h às 19h. Os agendamentos são feitos via Sistema de Regulação (Sisreg), após encaminhamento das Unidades Básicas de Saúde. A estrutura é a única no estado a realizar radiologia cardiovascular. A expectativa é ampliar o acesso a técnicas inovadoras, como o marcapasso fisiológico, indicado para casos de arritmia grave. Legenda: Pacientes cardíacos em Roraima deixam de depender de outros estados devido à expansão de serviços públicos especializados.
