A Petrobras assinou um acordo de cooperação com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a Fundação Getúlio Vargas (FGV), por meio da FGV Energia, e o Instituto Senai de Inovação em Biomassa. O objetivo do termo é avaliar o uso de resíduos da pesca como matéria-prima para a produção de energia na região da Amazônia Legal.
A proposta busca alternativas para o descarte correto dos restos gerados pela atividade pesqueira. Entre as possibilidades estão a produção de biodiesel por meio da extração de óleos, a geração de biogás e biometano por biodigestão, e o uso de subprodutos para fabricar ração e fertilizantes.
Uma das etapas do projeto será a criação de um Atlas sobre o potencial de produção de biocombustíveis na Amazônia e no restante do país. Também serão feitos estudos sobre viabilidade técnica e econômica.
O projeto inclui ainda a avaliação de processos para possíveis patentes e o desenvolvimento de modelos de negócio sustentáveis, com foco em incentivos como certificados verdes. Está prevista a instalação de uma planta piloto no campus da Ufam.
A estrutura modular deve integrar diferentes técnicas de reaproveitamento dos resíduos e poderá ser replicada em outras áreas do país.
O modelo pretende incentivar a economia circular, com impacto direto na redução da poluição e na diminuição da emissão de gases poluentes.
O projeto também quer fortalecer a indústria local e gerar oportunidades para as comunidades ribeirinhas. Um dos focos será a inclusão de trabalhadoras do setor pesqueiro.
Na região, as mulheres representam uma parte importante da mão de obra envolvida. Além desse projeto, a Petrobras também firmou um protocolo de intenções com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
A parceria é voltada para o desenvolvimento de novas tecnologias, com destaque para energias renováveis, sustentabilidade e soluções digitais.
As instituições planejam atuar juntas em pesquisas voltadas à economia circular. A ideia é unir universidades, centros de estudo e empresas para buscar soluções que aproveitem melhor os resíduos industriais.
A parceria ainda quer contribuir para o uso eficiente de recursos naturais e também para a transição energética.