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Acre realiza 3,6 mil cirurgias de hérnia

Nos últimos dois anos, o Acre realizou 3,6 mil cirurgias de hérnia, segundo dados da Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede Abdominal (SBH).

O tipo mais comum foi a inguinal, com 1,6 mil procedimentos. Os números incluem 1,98 mil cirurgias em 2023 e 1,6 mil em 2024. Desse total, 445 foram emergenciais.

O estado tem agilizado os atendimentos por meio de mutirões e do programa Opera Acre, que leva serviços de saúde a cidades do interior. A hérnia ocorre quando um órgão ou tecido se desloca de sua posição original, podendo causar complicações se não tratada.

Os tipos mais frequentes são inguinal, umbilical, epigástrica e incisional. A maioria dos pacientes é homem, devido a fatores anatômicos. Entre as causas do problema estão esforço físico excessivo, desnutrição, obesidade e doenças crônicas que provocam tosse.

Casos graves podem exigir intervenção imediata para evitar danos aos tecidos. No Sistema Único de Saúde (SUS), o atendimento começa nas Unidades Básicas de Saúde, onde o paciente é encaminhado para hospitais especializados.

A prioridade é dada a situações mais urgentes. A recuperação varia de 15 dias a três meses.

Atualmente, os mutirões cirúrgicos são realizados em hospitais de Senador Guiomard, Plácido de Castro, Brasileia e Tarauacá. A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) planeja essas ações mensalmente, reduzindo filas e ampliando o acesso.

O governo estadual investiu R$ 2 milhões em equipamentos de videolaparoscopia, técnica menos invasiva que acelera a recuperação. O objetivo é melhorar a eficiência dos hospitais e reduzir o tempo de internação.

Em 2023, o Opera bateu recorde, com mais de 7 mil cirurgias no primeiro semestre, aumento de 16% em relação ao mesmo período de 2022.