O governo do Acre divulgou uma nota técnica na última sexta-feira (16) rebatendo informações sobre aumento de desmatamento no estado.
O documento, emitido pelo Centro Integrado de Georreferenciamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), contesta dados do relatório anual da rede MapBiomas, que indicavam crescimento na devastação.
Para o governo do Acre, os números oficiais vêm do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Segundo a Agência Acre, que é o canal ofical do estado, o sistema Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Governo Federal, registrou queda de 28% na taxa de desmatamento em 2023 na comparação com 2022. A estimativa para 2024 aponta redução adicional de 25%.
Os dados do Inpe mostram que o Acre removeu 601 km² de floresta entre agosto de 2022 e julho de 2023.
No período anterior, a área atingida foi de 840 km². A previsão é que o acumulado entre 2023 e 2024 feche em 448 km².
A nota destaca que o estado segue as metas do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas (PPCDQ-AC). O objetivo é reduzir 10% ao ano no desmate até chegar a 50% em 2027. Para combater crimes ambientais, foi criada a Operação Contenção Verde.
A ação começou em fevereiro, antes do período de estiagem, com foco em fiscalização e conscientização. As primeiras etapas ocorreram em Feijó, Tarauacá e Acrelândia - regiões com maior ocorrência de irregularidades. O governo também abriu 50 vagas para brigadistas comunitários em unidades de conservação.
Os selecionados, moradores de áreas protegidas, receberão R$ 1.476 mensais. A iniciativa é inédita no estado e visa prevenir incêndios florestais.