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Tocantins está entre os dez estados mais seguros

O Tocantins está entre os dez estados brasileiros que mais reduziram a violência, segundo dados do Atlas da Violência 2025. O levantamento, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostra que a taxa de homicídios caiu 8,5% no estado entre 2022 e 2023, passando de 28,2 para 25,8 por 100 mil habitantes.

Em números absolutos, foram 419 mortes em 2023, contra 454 no ano anterior.

A redução é ainda mais expressiva se comparado a 2018, com queda acumulada de 30,3% no período.

O estado também teve melhor desempenho que a média da Região Norte, cuja redução foi de aproximadamente 2,8% no mesmo recorte de tempo.

No ranking nacional, Tocantins aparece na nona posição em redução de homicídios, à frente de estados como São Paulo, Goiás e Distrito Federal.

Outros indicadores também mostraram queda. A taxa de homicídios estimados, que considera casos ocultos, caiu 13,3%. Os homicídios de mulheres negras recuaram 8%.

As mortes por arma de fogo tiveram redução de 2,5% e os óbitos em acidentes com motocicletas caíram 2,3%. Esses resultados são atribuídos a ações integradas das forças de segurança, que intensificaram o combate ao crime organizado.

Em Palmas, a atuação especializada da Polícia Civil (PCTO) resultou em uma queda de 84% nos homicídios durante o primeiro semestre de 2023. Investigações identificaram que 70% dos crimes eram ligados à disputa entre facções.

A PCTO executou operações como Gotham City e Broken Windows, voltadas à prisão de integrantes de grupos criminosos e ao combate ao tráfico de drogas. Também houve investimentos de R$ 20 milhões, por meio de convênio federal, para modernizar a infraestrutura, incluindo a compra de sistema de identificação biométrica, veículos e equipamentos.

A Polícia Militar (PMTO) também ampliou a atuação.

Em 2023, mil novos policiais foram incorporados. Para 2025, há previsão de mais 660 com um novo concurso. A formação de pessoal ganhou reforço com nova legislação e oferta de cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação.

Os recursos aplicados superaram R$ 50 milhões, para a compra de viaturas, armas e modernização de estruturas.