O governo federal iniciou nesta semana, na última segunda-feira (5) duas ações voltadas à Terra Indígena Yanomami, que seguem até sábado (10).
Uma delas é a realização da I Oficina do Plano de Recuperação Ambiental da região, organizada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) em parceria com a Universidade de Brasília (UnB).
A outra é a continuidade da entrega emergencial de cestas de alimentos, que já somam 160 mil unidades distribuídas desde janeiro de 2023.
A oficina acontece no Centro Regional Lago Caracaranã, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. O objetivo é planejar a recuperação ambiental da Terra Yanomami, com base na análise de danos causados pelo garimpo ilegal.
Participam representantes indígenas, pesquisadores e integrantes de órgãos públicos.
Durante a programação, são realizadas atividades de etnomapeamento, oficinas temáticas e discussões sobre os impactos da degradação ambiental.
O plano de recuperação está sendo elaborado por meio de um acordo entre a Funai e o Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB, com apoio do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), do Ibama e de outras instituições.
A proposta envolve a participação de indígenas em todas as etapas do planejamento.
Ao mesmo tempo, a Funai e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizaram mais uma entrega de alimentos às comunidades Yanomami e Ye'kwana.
Cerca de 300 cestas foram levadas à comunidade Kori Yauopë, na região de Surucucus.
Desde a decretação da emergência sanitária no território, 160 mil cestas foram entregues, sendo 139,6 mil pela Funai.
A entrega dos alimentos faz parte das ações emergenciais iniciadas após o reconhecimento, em janeiro de 2023, de uma crise humanitária na região.
A medida busca combater a insegurança alimentar causada pelo avanço do garimpo, que comprometeu o acesso à alimentação e aos cuidados de saúde nas aldeias. Segundo a Conab, outras 84 mil cestas serão adquiridas com recursos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS).
A compra será feita em etapas, começando com uma remessa de 21 mil unidades.
A Terra Indígena Yanomami foi homologada em 1992 e é a maior em todo o país.