Por:

PA: produção de peixes triplica em uma década

A produção de peixes no Pará triplicou nos últimos dez anos, segundo dados do Boletim da Agropecuária 2024, divulgado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).

O estado saltou de 5,1 mil toneladas em 2013 para 16,3 mil em 2023, com crescimento médio anual de 15,7%, acima da média nacional.

Paragominas lidera a produção, com 3,3 mil toneladas em 2023, seguido por Marabá (1,1 mil) e Conceição do Araguaia (1 mil).O maior avanço foi em Ipixuna do Pará, onde a produção dobrou em um ano.

O tambaqui responde por 56,8% do total, consolidando-se como a espécie mais cultivada em todo o estado.

O estudo preenche uma lacuna de informações, já que o governo federal não divulga dados nacionais desde 2011.

Sem essas estatísticas, fica difícil planejar políticas públicas para a atividade pesqueira.

O relatório da Fapespa se baseia em números do IBGE, que acompanha apenas a aquicultura - criação de peixes, crustáceos e moluscos.

As exportações de pescado do estado também cresceram.

Em 24 anos, o volume vendido para outros países passou de 57 mil para 59,8 mil toneladas. Belém concentrou 63,6% desse comércio, com destaque para peixes congelados. O Pará responde por 16,1% das vendas brasileiras do produto.

O setor gera emprego e renda. Em 2023, havia 390 empresas formais ligadas ao pescado, 81,4% a mais que em 2006.

A maioria (65%) atua no comércio, como lojas de artigos de pesca. A indústria, com foco em processamento, representa 12% dos negócios.

A pesquisa reforça o potencial do estado, que alia economia e sustentabilidade. O crescimento da aquicultura reduz a pressão sobre os rios e ajuda a preservar espécies nativas.