Na terça-feira (21), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), participou do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, Suíça. Na ocasião, segundo divulgado pela Agência Pará, o gestor busca destacar ações ambientais e discutir o protagonismo do Brasil na COP 30, que será sediada em Belém.
Durante o painel "Brazil: More Action Ahead?" ("Brasil: Mais ações pela frente?"), Barbalho apresentou avanços na política ambiental e climática do estado, além de iniciativas para redução de desmatamento e incentivo à bioeconomia.
Desde 2019, o Pará implementa estratégias como o Plano Estadual de Bioeconomia e políticas de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que incluem remuneração a agricultores pela regeneração de áreas degradadas. O governador afirmou que, entre 2021 e 2024, houve aumento de três milhões de cabeças de gado no estado e redução de 42% no desmatamento, resultados do Plano Estadual Amazônia Agora.
Ainda de acordo com a Agência, o estado também se destaca no mercado de carbono, com projeção de certificação de 300 milhões de toneladas para comercialização.
Para o governador, há um esforço contínuo para promover a sustentabilidade, com investimentos na restauração de áreas como a APA Triunfo do Xingu, onde será realizada a primeira concessão florestal voltada à regeneração ambiental no Brasil.
Outro ponto abordado foi a relevância da COP 30 na Amazônia, que, segundo o gestor, reflete um marco para o Brasil e a Organização das Nações Unidas ao colocar o bioma no centro do debate.
Ele enfatizou a importância de criar uma economia sustentável que valorize a biodiversidade e a capacidade de escuta aos povos tradicionais.
Durante o evento, Helder Barbalho participou de discussões com líderes nacionais e internacionais, incluindo representantes do Supremo Tribunal Federal (STF), do setor privado e de organizações não governamentais, para alinhar esforços em transição energética e economia verde.
A bioeconomia foi destacada no decorrer do painel como um caminho promissor, com investimentos em produtos da biodiversidade amazônica, como cosméticos, alimentos e fármacos, que podem gerar novos modelos econômicos.