A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu, nesta semana, uma oficina de capacitação sobre o novo implante contraceptivo que será disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Alagoas a partir do primeiro semestre de 2026. O método, considerado mais moderno e eficaz na prevenção de gravidez não planejada, chega ao estado como parte de uma política nacional de ampliação do acesso a contraceptivos de longa duração.
A formação ocorreu na Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) e reuniu médicos e enfermeiros da Rede de Atenção Primária em Saúde. Nesta fase inicial, 10 municípios alagoanos serão contemplados, conforme critérios definidos pelo Ministério da Saúde, que priorizou cidades com mais de 50 mil habitantes. Receberão o implante os municípios de União dos Palmares, Maceió, Rio Largo, Penedo, Palmeira dos Índios, Coruripe, São Miguel dos Campos, Arapiraca, Marechal Deodoro e Delmiro Gouveia.
O envio dos dispositivos será feito pelo Governo Federal, enquanto caberá à Sesau organizar a distribuição entre os municípios, que atenderão diretamente as usuárias do SUS. Durante a oficina, os profissionais participaram de aula prática com simuladores, possibilitando o treinamento da técnica de implantação do dispositivo de maneira segura e padronizada.
Sobre o encontro
O encontro também reuniu gestores municipais e técnicos da Sesau para discutir estratégias de implementação, com foco em eficiência, cobertura e qualidade na assistência.
A superintendente de Atenção Primária e Ações Estratégicas da Sesau, Karini Omena, destacou o impacto da chegada do novo método no estado. "A chegada do implante contraceptivo representa mais um salto no fortalecimento das políticas públicas de planejamento sexual e reprodutivo. Estamos capacitando os primeiros municípios para garantir que a execução ocorra da melhor forma possível", afirmou.
O implante contraceptivo que será incorporado ao SUS é reconhecido por sua alta eficácia e longa duração, atuando por até três anos no organismo. Além de reduzir o risco de gravidez não planejada, o método contribui para a diminuição da mortalidade materna, ao ampliar o acesso das mulheres a opções seguras e de uso prolongado.
A estimativa do Ministério da Saúde é distribuir 1,8 milhão de dispositivos até 2026, sendo 500 mil ainda este ano. No contexto estadual, a inclusão do implante representa a expansão da oferta de métodos contraceptivos e reforça a estratégia de Atenção Primária como porta de entrada essencial para garantir direitos reprodutivos e acesso equitativo à saúde.