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Cresce movimentação nos portos do Nordeste

O setor portuário do Nordeste registrou desempenho crescente nos nove primeiros meses do ano, com 65,1 milhões de toneladas movimentadas nos portos públicos da região, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O avanço foi impulsionado pelo aumento de 3,6% nos granéis sólidos e de 2,3% na movimentação de contêineres, que têm ganhado relevância também na matriz logística nordestina.

A soja assumiu a liderança entre as cargas transportadas, somando 13,9 milhões de toneladas e crescendo mais de 11% em relação ao ano anterior.

O resultado fortaleceu o Porto do Itaqui (MA), que alcançou 28,3 milhões de toneladas e expandiu 8,73%, consolidando-se como o maior porto do Nordeste e um dos principais corredores de exportação do país.

Longo curso

Enquanto isso, o Porto de Suape (PE) manteve protagonismo na navegação de longo curso. Apesar da queda no volume total — reflexo da retração no granel líquido — Suape voltou a liderar a movimentação de contêineres na região, com 5,5 milhões de toneladas, reforçando seu papel estratégico como hub logístico para distribuição nacional.

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que os resultados confirmam o peso estrutural do Nordeste e refletem os investimentos do Governo Federal. Segundo ele, a região segue avançando na diversificação de cargas e na modernização da infraestrutura, com foco em eficiência, competitividade e segurança operacional.

Outros portos também registraram participação relevante no cenário regional. Salvador (BA) movimentou 4,6 milhões de toneladas; Aratu (BA), 4,5 milhões; e Fortaleza (CE), 3,6 milhões, seguindo o comportamento estável das cargas líquidas e petroquímicas. No acumulado do ano, os granéis sólidos cresceram 3,63%, os contêineres avançaram 2,32% e a carga geral registrou alta de 1,30%.

O Ministério de Portos e Aeroportos mantém ações voltadas à ampliação da capacidade dos terminais, à modernização de equipamentos e à garantia de previsibilidade regulatória, com o objetivo de reduzir custos logísticos, fortalecer corredores de exportação e impulsionar o desenvolvimento econômico do Nordeste.