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Ceará emite mais de 1 milhão de identidades

Perícia Forense cria medalha do Centenário da Identificação Civil do Ceará | Foto: Ascom CE

O Ceará ultrapassou a marca de um milhão de novas Carteiras de Identidade Nacional (CIN) emitidas em 2025, consolidando um avanço histórico no serviço de identificação civil do estado. A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) registrou, até esta sexta-feira (31), aniversário de 102 anos da primeira emissão do documento no estado, 1.053.740 identidades emitidas neste ano. A estimativa é finalizar 2025 com 1,25 milhão de emissões. Trata-se do maior volume dos últimos cinco anos, superando a marca anterior de 861.170 documentos, registrada em 2023.

Desde o início da emissão da nova CIN, em janeiro de 2024, já foram emitidos cerca de 1,9 milhão de documentos no Ceará, com previsão de alcançar 2 milhões até o fim de 2025. A Coordenadoria de Identificação Humana e Perícia Biométrica (CIHPB), setor responsável pela emissão e gestão do acervo histórico, destaca que o serviço evoluiu tanto tecnologicamente quanto em capacidade de atendimento.

De acordo com o coordenador da CIHPB, Ricardo Filgueiras, a estrutura da Pefoce sempre esteve voltada à identificação civil e criminal, atuando também com papiloscopia e necropapiloscopia. Ele destaca que o prédio da coordenadoria, na Avenida Universidade, em Fortaleza, retomou o atendimento presencial após reforma, operando por agendamento online e demanda espontânea.

A segurança do documento também acompanhou a evolução histórica. Ricardo lembra que as primeiras cédulas contavam com selos fornecidos pelo Tribunal de Justiça e perfurações específicas para impedir fraudes. Ao longo de um século, o Ceará teve cerca de 15 modelos diferentes de identidade, até chegar ao formato digital atual.

A CIHPB ainda preserva o acervo oficial do estado: cerca de 350 mil registros criminais e mais de 18 milhões civis anteriores à CIN, totalizando cerca de 20 milhões de arquivos — dos quais 6,5 milhões ainda passam por digitalização. O prédio da coordenadoria abriga, sozinho, 300 m² de acervo.

Entre as curiosidades históricas, a primeira identidade emitida no Ceará foi concedida ao então governador Ildefonso Albano, em 31 de outubro de 1923. Entre os primeiros 100 registros, apenas uma mulher consta na lista — uma francesa modista.