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Maranhão entra no mapa da nova fronteira do óleo

Governador Brandão e autoridades recebem maior navio sísmico | Foto: Ascom/MA

O navio Ramform Titan, da empresa norueguesa TGS, atracou no Porto do Itaqui, em São Luís (MA), para realizar pesquisas geológicas nas bacias do Pará-Maranhão e de Barreirinhas, duas das cinco bacias sedimentares que compõem a Margem Equatorial Brasileira (MEB) - apontada como uma das novas fronteiras de exploração de petróleo e gás no país.

A chegada da embarcação, considerada a maior do mundo em pesquisa sísmica, contou com recepção do governador Carlos Brandão, executivos da TGS e autoridades do setor energético. "É um marco importante para o Maranhão. Este é o primeiro passo de desenvolvimento para explorarmos o petróleo, o que vai impulsionar a economia do nosso estado", afirmou Brandão.

É a primeira vez que um navio de pesquisa sísmica atraca no Porto do Itaqui, demonstrando a capacidade da infraestrutura portuária maranhense para futuras operações de exploração na Margem Equatorial. Segundo Oquerlina Costa, presidente da Emap, o porto está pronto para ser base de apoio logístico às atividades. "O Maranhão está numa posição estratégica, preparado para contribuir com o avanço da eficiência energética e apoiar todas as operações", disse.

A pesquisa sísmica é o primeiro elo da cadeia de produção de óleo e gás e utiliza ondas sonoras para criar imagens do subsolo, funcionando como uma "ultrassonografia geológica". O diretor da Gasmar, Allan Kardec Duailibe, destacou o potencial energético da região. "A grande fronteira exploratória está aqui, no Maranhão e no Norte e Nordeste do país. É aqui que se encontra a solução para a autossuficiência energética e o desenvolvimento econômico do Brasil", afirmou.

Os levantamentos da TGS já indicam grandes estruturas com potencial de acumular hidrocarbonetos, estimadas entre 20 e 30 bilhões de barris de petróleo. Segundo o diretor-geral da ANP, Artur Watt, o avanço da exploração depende de trâmites ambientais, mas a agência apoia o desenvolvimento das bacias maranhenses.

Com operações nas bacias Pará-Maranhão e Barreirinhas, a TGS reforça seu interesse na Margem Equatorial. O vice-presidente global da empresa, David Hajovsky, afirmou que o licenciamento da Petrobras na Foz do Amazonas "abre caminho para novas pesquisas e decisões estratégicas".