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Piauí avança com gestão territorial no Cerrado

Com 106 mil km² de extensão, abrangendo regiões como Chapada das Mangabeiras | Foto: Ascom/PI

O Piauí avança em uma das políticas mais relevantes de gestão territorial com a construção do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Cerrado. Coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), a iniciativa entra em fase democrática, com a realização de audiências públicas regionais que permitem à população participar das decisões sobre o uso e ocupação do solo em 55 municípios do Cerrado piauiense.

O ZEE é um instrumento técnico e político que orienta o desenvolvimento econômico com base nas características naturais e sociais de cada região. Ele define áreas prioritárias para conservação, zonas agrícolas e locais adequados à expansão urbana, ajudando a reduzir conflitos de uso da terra e impactos ambientais. A iniciativa busca conciliar progresso e preservação, garantindo que o crescimento do território seja sustentável e equilibrado.

Segundo o secretário da Semarh, Feliphe Araújo, o processo simboliza um pacto entre governo e sociedade. "O ZEE é um compromisso de governo e de futuro. Ele ajuda o Piauí a crescer com responsabilidade, garantindo que o desenvolvimento respeite as pessoas e o meio ambiente", afirmou.

As audiências públicas, previstas nos principais polos do Cerrado, encerram um ciclo iniciado em julho, com diagnósticos e consultas técnicas. Agora, agricultores, estudantes, gestores e comunidades podem contribuir com ideias e experiências. "Quando a população participa, o ZEE deixa de ser apenas um plano técnico e se transforma em um pacto coletivo pelo futuro do território", reforça Araújo.

Com 106 mil km² de extensão, abrangendo regiões como Chapada das Mangabeiras, Vale dos Rios Piauí e Itaueiras, e Tabuleiros do Alto Parnaíba, o Cerrado piauiense passa a contar com um instrumento estratégico para planejar seu crescimento de forma sustentável.

O ZEE não apenas orienta políticas públicas, mas fortalece o diálogo entre sociedade civil e governo, estimulando a participação popular na construção de um desenvolvimento que respeite o meio ambiente e valorize as comunidades locais. Agricultores e gestores terão um planejamento mais seguro e sustentável, que potencializa o uso racional dos recursos naturais, assegura a preservação de áreas sensíveis e apoia a expansão econômica organizada.