O período de estiagem no Piauí deve se estender até novembro, segundo estudo da Sala de Monitoramento e Previsão de Eventos Climáticos, da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. A análise indica que as chuvas mais fortes e regulares só devem ocorrer a partir de janeiro.
De acordo com o climatologista Pedro Aderaldo, responsável pelo acompanhamento do cenário climático no estado, até lá devem ocorrer apenas pancadas isoladas, sobretudo no sul, que aos poucos se espalham para o centro e depois para o norte. "As chuvas ainda são pontuais, concentradas em algumas regiões, e o regime hídrico só começa a se regularizar mesmo no início do próximo ano", explica.
Os dados da Sampece apontam que, em outubro, o volume de chuvas não deve ultrapassar 130 milímetros nas áreas mais úmidas do sul piauiense. Em novembro, esse total pode chegar a 160 milímetros — quantidade ainda insuficiente para alterar o quadro de seca, mas capaz de amenizar o calor intenso. "É pouco, ameniza as temperaturas, mas não resolve a estiagem", reforça Aderaldo.
A partir de dezembro, a tendência é de aumento gradual das instabilidades atmosféricas que provocam precipitações. A expectativa é que os acumulados variem entre 200 e 230 milímetros no sul e até 160 milímetros nas regiões central e norte. Já em janeiro, com a consolidação do período chuvoso, a média deve alcançar 260 milímetros, espalhando as chuvas.
Enquanto isso, o calor predomina. As temperaturas médias devem variar entre 22,5°C e 32,5°C, diminuindo de forma lenta à medida que o ar ganha mais umidade. O climatologista ressalta que essa transição marca o início do período chuvoso no Piauí, que deve se firmar apenas no primeiro trimestre de 2026.
