O Ceará sediará nos dias 21 e 22 de novembro a ExpoFavela 2025, considerada a maior feira de empreendedorismo das favelas e territórios populares do estado. O evento ocorrerá no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, e as inscrições para expositores estão abertas até o dia 18 deste mês. Podem participar empreendedores que residam e atuem comercialmente em favelas do Ceará, com 50 projetos selecionados para apresentar suas ideias e ganhar visibilidade.
A iniciativa é promovida pela Favela Holding em parceria com a Central Única das Favelas (CUFA). Segundo o presidente da CUFA Ceará, Wilton dos Santos, o Pequeno, a feira vai muito além de uma exposição comercial. "Existe uma potência econômica e criativa nas favelas, com pessoas que transformam a realidade todos os dias. A ExpoFavela é uma ponte direta entre o asfalto e a favela, conectando ideias, negócios e experiências. Queremos que esse evento seja um movimento permanente de valorização, visibilidade e oportunidade para os talentos da periferia", afirma.
A programação da ExpoFavela inclui pitches de negócios, rodas de conversa e painéis com especialistas, além de espaço literário com sarau, lançamento de livros, poesia e cordel. Os visitantes também terão acesso à área de games, exposições artísticas e culturais, gastronomia típica das favelas, e espaço de saúde e bem-estar. "Tudo isso é pensado para gerar conectividade real, fomentar renda e fortalecer as redes que nascem e crescem nas favelas do Ceará", destaca Wilton.
O evento reforça a crescente relevância econômica e cultural do Nordeste, evidenciando que os territórios periféricos concentram uma força criativa capaz de movimentar mercados locais e gerar oportunidades de negócio. Além de apresentar produtos e serviços, a ExpoFavela 2025 busca ampliar o diálogo entre diferentes setores da sociedade, promovendo intercâmbio de conhecimento, capacitação e parcerias estratégicas entre empreendedores, investidores e especialistas.
Em um contexto regional, a feira é uma vitrine do potencial produtivo e da inovação nas periferias nordestinas, demonstrando que o empreendedorismo nas favelas vai além da sobrevivência econômica, representando também transformação social, inclusão.
