Natal, capital do Rio Grande do Norte, sedia até 18 de outubro um dos maiores eventos esportivos da América Latina: os Jogos Universitários Brasileiros (Jubs). A competição reúne cerca de sete mil estudantes de mais de 310 universidades do país, que disputarão 3.200 medalhas em 22 modalidades esportivas, além de competições acadêmicas e ações sociais.
Segundo o presidente da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), Alim Maluf Neto, mais de 80 mil atletas participaram das seletivas estaduais para conquistar uma vaga no evento.
As disputas teve início na terça-feira (7) em 30 praças esportivas espalhadas por Natal. O Centro de Convenções abriga o Boulevard dos Atletas, espaço central do evento, que reúne atividades culturais, jogos eletrônicos, lutas e basquete x1. A programação busca integrar estudantes, técnicos e visitantes em um ambiente de intercâmbio esportivo e social.
Além do esporte, a pesquisa acadêmica também tem espaço nos Jubs. Trabalhos apresentados por estudantes são avaliados por bancas compostas por professores doutores e os melhores recebem medalhas com pontuação igual às modalidades esportivas. "Isso valoriza a produção científica e incentiva novos talentos", destacou o vice-presidente da CBDU, Luciano Cabral.
O evento demanda grande estrutura: são mais de 38 mil diárias de hospedagem, 72 mil refeições e um esquema de transporte com 54 ônibus, 60 vans e 65 carros. Cerca de 500 profissionais atuam diretamente na organização. Com esse porte, a expectativa é que o impacto econômico em Natal chegue a R$ 3,5 milhões, impulsionando setores como turismo, alimentação e serviços.
Para o subsecretário de Esporte e Lazer do estado, Cezinha Nunes, o legado vai além da economia. "Natal oferece experiência completa aos atletas e visitantes, combinando esporte, lazer e cultura, o que amplia os impactos para além das competições", disse.
Os Jubs também promovem ações sociais, como visitas de crianças ao Boulevard dos Atletas e iniciativas voltadas a mulheres em situação de vulnerabilidade. Segundo a coordenadora de responsabilidade social, Elaine Morellato, a ideia é deixar um legado. "Queremos inspirar as novas gerações e mostrar que elas podem estar nos Jubs no futuro", afirmou.