O Brasil está oficialmente fora do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
O relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025", divulgado em julho, revelou que o país reduziu a taxa de subalimentação para menos de 2,5% da população, índice que permite a retirada da classificação. O resultado é reflexo direto da retomada de políticas públicas voltadas à segurança alimentar e nutricional, com destaque para o fortalecimento da agricultura familiar, ampliação de programas de transferência de renda e a reestruturação de Programas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e os restaurantes populares.
No Piauí, a Secretaria do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome(Sasc), por meio da Diretoria de Segurança Alimentar e Nutricional, tem ampliado o número de equipamentos públicos de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), que visam garantir o acesso à alimentação de qualidade para a população em situação de vulnerabilidade.
Atualmente, o estado conta com quatro restaurantes populares, sendo três em Teresina e um em Parnaíba, além de uma cozinha comunitária instalada na Universidade Estadual do Piauí (Uespi), que atende estudantes e a comunidade com refeições prontas e saudáveis a preços simbólicos. Além disso, o estado fortalece o PAA em parceria com municípios, garantindo que alimentos produzidos por pequenos agricultores sejam distribuídos para famílias em situação de insegurança alimentar.
Queda no Piauí
A queda nos indicadores é resultado direto desse esforço. Dados da PNAD Contínua 2023 mostram que o percentual de domicílios em situação de insegurança alimentar grave no Piauí caiu 28,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
A diretora de Segurança Alimentar e Nutricional da Sasc, Edna Guedes, destaca a importância dos programas executados no estado para a melhoria desses indicadores. "A notícia de que o Brasil saiu do mapa da fome é motivo de celebração e histórico para o país. No Piauí, trabalhamos intensamente para oferecer alimentação de qualidade, saúde e dignidade às pessoas mais vulneráveis", afirma a diretora.