A movimentação portuária no Nordeste manteve um ritmo constante de crescimento em 2025. De janeiro a maio, os portos da região movimentaram juntos mais de 33,5 milhões de toneladas, conforme dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Esse desempenho reforça a força da infraestrutura regional e foi impulsionado especialmente pelos portos de Itaqui (MA), Salvador (BA) e Natal (RN), que apresentaram crescimento significativo em diferentes setores logísticos.
O Porto de Itaqui, no Maranhão, registrou um aumento de 12,28% no acumulado do ano, revertendo a queda de 8,4% do mesmo período em 2024. O crescimento foi puxado principalmente por três cadeias produtivas: adubos e fertilizantes, que subiram 35,69%; petróleo, com alta de 15,05%; e soja, que cresceu 11,05%. Esses segmentos haviam apresentado resultados negativos no ano anterior, o que mostra uma recuperação consistente nas operações do porto. Itaqui reafirma sua posição como um dos principais corredores de exportação da região Norte-Nordeste.
Já o Porto de Salvador, na Bahia, manteve um desempenho positivo em 2025, com alta de 1,52%, apesar de ser inferior aos 55,98% registrados no ano anterior. A estabilidade do terminal está ligada à forte atuação na cabotagem, que respondeu por 86,1% da movimentação total. Entre os produtos que apresentaram crescimento estão reatores, caldeiras e máquinas, com aumento de 39,10%, após uma queda significativa em 2024. Também houve crescimento nos embarques de containers ( 8,74%) e trigo ( 5,04%). O comportamento da safra explica parte desses números: em 2024, fortes chuvas prejudicaram o escoamento no início do ano, enquanto em 2025 os carregamentos ocorreram de forma plena, com embarques regulares em janeiro e fevereiro.
Alta exportação
O volume exportado subiu de 46,4 mil toneladas na safra 2023/2024 para 131,5 mil toneladas na safra 2024/2025.
No litoral potiguar, a diversificação da pauta exportadora também ganhou destaque, com embarques de melões, melancias, mangas, uvas e limões. Essa ampliação demonstra o potencial agrícola e logístico da região, que contribui para o crescimento sustentável dos portos.
