O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou na última terça-feira (16) em Fortaleza (CE), as diretrizes da Ação Conjunta de Fomento da Nova Indústria Brasil (NIB), iniciativa do Governo Federal que prevê a aplicação de R$ 10 bilhões em projetos estruturantes com foco em inovação, reindustrialização e desenvolvimento sustentável.
A apresentação foi feita à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) por Maria Fernanda Coelho, diretora de Crédito Digital para Micro, Pequenas e Médias Empresas e Gestão do Fundo Rio Doce do BNDES.
A iniciativa faz parte da uma ação conjunta de fomento, construída de forma colaborativa entre os bancos públicos federais, BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com apoio técnico da Sudene e do Consórcio Nordeste. O objetivo é selecionar planos de negócios com orçamento mínimo de R$ 10 milhões, em cinco áreas estratégicas: transição energética com foco em armazenamento, bioeconomia com foco em fármacos.
Durante a reunião na FIEC, Maria Fernanda destacou a importância da regionalização do fomento como eixo da Nova Indústria Brasil e o protagonismo do Nordeste na estratégia de reindustrialização do país.
"Estamos fazendo um roteiro por todos os estados do Nordeste para apresentar a chamada da Nova Indústria Brasil. São R$ 10 bilhões voltados a cinco eixos estruturantes. É uma articulação construída junto à Sudene, ao Consórcio Nordeste e aos nove governadores da região", elencou.
Ela destacou, ainda, que o compromisso do BNDES com a região nordeste vai além da liberação de recursos, envolvendo presença institucional, orientação técnica e articulação federativa. "Há um compromisso do Governo Federal e do BNDES para que, junto com nossa rede de parceiros, bancos públicos, cooperativas de crédito e instituições privadas, estejamos presentes no desenvolvimento e no crescimento sustentável da região Nordeste".
"O Brasil tem dois grandes desafios, reduzir desigualdades e aumentar a renda das famílias. Quando o BNDES aloca recursos para o Norte e o Nordeste, estamos indo na raiz do problema", concluiu Maria Fernanda.