O mais recente boletim InfoGripe, divulgado na última quinta-feira (3) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta que os vários casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, conhecida pela sigla SRAG, seguem em alta na maior parte do país.
Mas, no Nordeste há combinações de queda, estabilidade e crescimento, dependendo da análise da situação em cada um dos estados.
Na região Nordeste
No Nordeste, observa-se interrupção do crescimento ou queda dos casos associados à influenza A em estados como Bahia, Ceará, Maranhão e Paraíba, enquanto Alagoas e Sergipe continuam com aumento persistente, conforme a Fiocruz. Alagoas figura entre as seis unidades da federação em nível de alerta ou risco, com tendência de crescimento no longo prazo. A pesquisadora Tatiana Portella reforça que a influenza A ainda é a principal causa de internamentos e mortes por SRAG entre idosos. Já o VSR atinge com maior força as crianças pequenas.Além disso, caso confirmado pela Jovem Pan reforça que Alagoas, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rondônia e Roraima enfrentam aumento alarmante nos casos e hospitalizações. Diante desse cenário, Tatiana Portella enfatiza a importância da vacinação gratuita via SUS, especialmente para grupos de risco. "Mesmo que você já tenha tido gripe este ano, é essencial se vacinar, pois a vacina protege contra os três tipos de influenza" . A especialista ainda recomenda a etiqueta respiratória, máscaras em locais fechados e isolamento ao surgirem sintomas.Embora algumas áreas do Nordeste já mostrem estabilização ou queda, os casos continuam crescendo em Alagoas e Sergipe, exigindo atenção das autoridades locais.
Incidências
O boletim InfoGripe também registra que 18 das 27 unidades da federação apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento, o que inclui Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.Com prevalência elevada do VSR entre crianças e influenza A em idosos, o documento reforça a necessidade de mobilização da saúde pública, vacinação preventiva e vigilância constante, sobretudo no Nordeste, para mitigar hospitalizações e mortes causadas pelas síndromes respiratórias graves.