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Perfil genético cruza dados da BA e PE

A Polícia Técnica da Bahia identificou o autor de um estupro ocorrido em 2014 por meio do Banco de Perfis Genéticos de Crimes Sexuais. O cruzamento de dados ocorreu após a inserção de uma nova amostra genética, coletada recentemente, que coincidiu automaticamente com vestígios encontrados na roupa íntima da vítima à época do crime.

A amostra atual foi colhida por peritos da Coordenadoria Regional de Polícia Técnica (CRPT) de Juazeiro, no interior de um presídio da cidade, após determinação judicial emitida pelo estado de Pernambuco. O material pertence a um custodiado preso na Bahia por homicídio, que também é investigado por outros crimes sexuais.

De acordo com o perito criminal e coordenador de Genética Forense, Luis Rogério Machado, a correspondência só foi possível graças à preservação e ao cadastro do vestígio genético coletado no momento da denúncia. "Quando inserimos a nova amostra no banco de dados, o sistema identificou um perfil compatível com um caso de estupro de 2014 que ainda estava sem autoria", explicou.

Além de esclarecer um crime antigo, o laudo também estabeleceu conexão entre o mesmo custodiado e outro delito praticado no estado de Pernambuco. Para o diretor-geral da Polícia Técnica, Osvaldo Silva, o caso é exemplo da importância da atuação conjunta entre os órgãos de segurança pública. "É indispensável que a vítima procure a polícia, para possibilitar a coleta do material biológico", destacou.

O Banco de Perfis Genéticos, entre outras ações, reúne milhares de amostras e realiza cruzamentos automáticos que auxiliam na elucidação de diversos crimes, fortalecendo a atuação da justiça e garantindo maior efetividade nas investigações.