Com protagonismo ambiental e territorial, a Bahia assume papel estratégico no lançamento do Planejamento Espacial Marinho (PEM) no Nordeste, realizado em Salvador. Com uma das maiores extensões litorâneas do país e uma população costeira que depende dos recursos marinhos, o estado tem papel essencial na construção de um planejamento que concilie desenvolvimento sustentável, conservação ambiental e inclusão social. O evento marcou o início das ações regionais do processo de ordenamento do espaço marinho brasileiro, coordenado pelo governo federal por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM).
"É importante que a Bahia esteja inserida ativamente nesse processo. Temos quase 1.200 km de litoral, com uma população costeira que depende diretamente dos recursos naturais. Mas essa densidade populacional também exige um equilíbrio entre desenvolvimento e conservação", afirmou o diretor de Política e Planejamento Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Tiago Porto. Segundo ele, os dados e diagnósticos disponíveis no Estado podem ser disponibilizados como insumos para o PEM, fortalecendo a base técnica das futuras políticas públicas.
O diretor da Sema também destacou os avanços da Bahia na gestão costeiro-marinha. Entre eles, estão a regulamentação do Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro, que integra dimensões ambientais, sociais e econômicas; a previsão de edital para restauração de manguezais, considerados berçários da vida marinha; a elaboração de planos de adaptação climática com municípios do litoral; e o fortalecimento de parcerias com a Marinha, universidades e organizações locais para ampliar o monitoramento.