O governo de Alagoas vai lançar, em julho, o Observatório da Pessoa em Situação de Rua, uma plataforma que reunirá dados e ações voltadas à população em situação de rua no estado. A iniciativa visa traçar o perfil dessas pessoas, identificar pontos de concentração e orientar políticas públicas de acolhimento, moradia, saúde e assistência social.
O lançamento será acompanhado da divulgação dos primeiros dados do censo inédito sobre essa população em Alagoas. A coleta de informações ocorrerá nos próximos dias e deve mapear os principais locais de moradia improvisada, além de identificar o acesso a benefícios sociais e garantir inclusão nos programas disponíveis.
O anúncio foi feito pela secretária de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social, Kátia Born, durante reunião com representantes de diversas secretarias e do Conselho Estadual de Direitos Humanos. Segundo ela, o foco principal da medida é o acolhimento com dignidade. "É preciso uma ação conjunta, em que todas as secretarias se envolvam com suas expertises. A proposta é construir algo maior, que alcance todos", afirmou.
A construção do observatório será coordenada pelas secretarias da Comunicação (Secom) e do Planejamento, Gestão e Patrimônio, com monitoramento da Secretaria de Governança Corporativa. Também participam da articulação as secretarias da Mulher e dos Direitos Humanos, Segurança Pública (SSP), Trabalho e Qualificação e Prevenção à Violência (Seprev).
Paralelamente, o governo já realiza ações integradas para atender a população em situação de rua. Na última quinta-feira (18), foi iniciada a maior operação de acolhimento já realizada no estado, liderada pelo governador Paulo Dantas. A ação, realizada em parceria com a Prefeitura de Maceió, resultou no acolhimento de 28 famílias na Praça Sinimbu, no centro da capital.
Como parte do Plano Estadual de Acolhimento, o governo está triplicando o número de vagas em casas de acolhimento, de 160 para 480, além de universalizar o benefício do aluguel social no valor de R$ 800 e ampliar a entrega de moradias definitivas. Outro foco é a saúde mental: uma frente específica foi criada para atender pessoas com transtornos e dependência química.