O sistema prisional alagoano é referência no país e aparece como primeiro no ranking em políticas educacionais.
É o estado brasileiro que mais alfabetiza no cárcere e que mais proporciona atividades de remição de pena pela leitura do que o restante das unidades federativas, além de ser o segundo no ranking geral em educação formal. Alagoas tem atualmente um sistema prisional que nada lembra um passado recente marcado, dois anos atrás, por concentrar a maior população analfabeta presa do Brasil. Os dados referem-se ao 2º semestre de 2024, reunidos pelo Sistema Nacional de Informações Penais (Sisdepen), departamento vinculado à Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), órgão federal integrado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Com base nesses dados, Alagoas mostra que as ações educacionais são ferramentas de transformação social e passos seguros rumo à reintegração social.
Foram alfabetizados no sistema prisional 992 custodiados, o que representa 18,93% da população carcerária de mais de 5,2 mil pessoas recolhidas nas unidades em Maceió e no interior. Nesse ponto, o estado alagoano é o primeiro do país e detém o maior percentual. Na sequência, vêm o Piauí (10,27%), Maranhão (7,39%), Paraná (6,70%) e Sergipe (6,43%). No ranking da remição de pena pela leitura - direito previsto na Lei de Execução Penal (LEP) - Alagoas aplicou mais de 21,5 mil atividades educacionais para um total de 20,9 mil homens e 627 mulheres recolhidos no sistema. Aqui o estado é o primeiro novamente. Na sequência, depois de AL, vêm os estados do Maranhão, do Ceará, do Amazonas e de Rondônia. "Mostramos ao país que Alagoas consegue com compromisso, investimento e gestão mudar o ambiente prisional. Se transformarmos a realidade dessas pessoas estamos contribuindo para uma segurança pública forte, que todos os alagoanos merecem e desejam. O desejo do governador Paulo Dantas e de todos que fazem a Seris é levar possibilidades aos custodiados para que eles saiam melhores e assim possam retomar suas vidas e cuidar da família", comemora o secretário de Ressocialização e Inclusão Social, Diogo Teixeira. Em outro ponto avaliado, o segundo semestre de 2024 mostra um raio-x de pessoas privadas de liberdade matriculadas na educação formal no país.