A região Nordeste registra aumento nas hospitalizações por influenza, com destaque para o Ceará e a Bahia, de acordo com o boletim semanal da Fiocruz. No Ceará, o índice de casos graves está em nível moderado a alto, atingindo jovens, adultos e idosos. Na Bahia, o alerta é para a alta nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), especialmente em crianças de até 2 anos, associada ao vírus sincicial respiratório (VSR).
O InfoGripe aponta que, apesar de um sinal de desaceleração da SRAG por VSR em algumas regiões, a incidência permanece elevada. A pesquisadora Tatiana Portella ressalta que, embora o ritmo de crescimento esteja diminuindo, o cenário ainda requer atenção, sobretudo entre crianças pequenas, que seguem como o grupo mais afetado pelo VSR.
Entre os idosos, a Covid-19 (Sars-CoV-2) continua sendo a principal causa de mortalidade por SRAG, seguida pela influenza A. Em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos, houve queda nos casos de SRAG, mas entre jovens, adultos e idosos, o número de novos casos segue em alta. Segundo o InfoGripe, a influenza A tem registrado um aumento significativo em estados do Nordeste, sendo o Ceará e a Bahia os mais impactados.
Tatiana Portella recomenda o uso de máscaras em locais fechados e postos de saúde, reforçando a necessidade de isolamento em caso de sintomas gripais. "Quem ainda não se vacinou contra a influenza A deve buscar a imunização o quanto antes", orienta a pesquisadora, destacando que a vacina é a principal estratégia para conter.
Em nível nacional, 13 estados apresentam incidência de SRAG em alerta ou alto risco. No Nordeste, Bahia e Ceará mantêm tendência de crescimento, o que preocupa as autoridades sanitárias.