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BA: universidade apoia criação de aves

Para fortalecer a segurança alimentar e gerar renda para agricultores familiares, o Laboratório Experimental de Avicultura (Labeave) da Uesb desenvolveu o projeto "Guardiões", que reúne interessados em preservar e trabalhar com a genética de aves nativas.

A iniciativa resulta de estudos realizados na Universidade e envolve quatro raças de galinhas - meia perna, caneludo do Catolé, peloco e frango da carne negra -, além do peru preto caipira e do pato Catolé.

O objetivo é divulgar a genética desenvolvida na Uesb, capacitando criadores para o manejo adequado das aves e a comercialização dos produtos. Até agora, mais de 2 mil aves foram distribuídas para a formação de núcleos reprodutivos em quintais de diversas cidades baianas.

Atualmente, mais de 30 guardiões, espalhados de Juazeiro a Teixeira de Freitas, mantêm e multiplicam as raças desenvolvidas. "Trabalho na valorização desse patrimônio genético, e a receptividade tem sido muito boa", afirma Ronaldo Vasconcelos, coordenador do Labeave.

As aves foram distribuídas em 28 municípios, beneficiando diretamente cerca de 300 famílias agricultoras.

Entre os beneficiados está Antônio Nascimento de Jesus, criador há mais de 20 anos. Ele teve acesso às aves da Uesb há três anos e, desde então, trabalha com elas para consumo próprio e venda. "Posso oferecer à minha família um alimento natural, de boa procedência", destaca.

Em Itagibá, a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Econômico implantou um núcleo reprodutivo das aves, inspirado pelo trabalho do Labeave. O município recebeu cerca de 50 aves da raça caneludo do Catolé e hoje conta com 250, beneficiando 50 famílias rurais.