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Porto de Natal passa por dragagem emergencial

O Porto de Natal iniciou, nesta semana, uma dragagem emergencial para remover um banco de areia que compromete o acesso das embarcações ao terminal. A intervenção é fruto de uma parceria entre o Governo do Estado, Governo Federal e instituições do setor produtivo do Rio Grande do Norte. A ação visa garantir a operação segura do porto para o escoamento da safra de frutas que começa em agosto.

A dragagem será realizada pela Companhia Docas do Rio Grande do Norte e deve durar 30 dias. A draga já está atracada e os trabalhos consistem na retirada de sedimentos do leito do rio Potengi, ampliando a profundidade e permitindo o acesso de navios de maior porte. Em novembro de 2023, um navio graneleiro encalhou ao tentar acessar o porto, fato que evidenciou a necessidade de intervenção imediata.

Obra emergencial

A obra, embora emergencial, faz parte de um conjunto maior de investimentos previstos para o porto, com recursos superiores a R$ 100 milhões. Estão incluídas no pacote a dragagem completa do canal de acesso, prevista para o segundo semestre deste ano, e a construção de defensas na ponte Newton Navarro.

Segundo a Codern, a dragagem atual garante a continuidade das operações até que a intervenção definitiva ocorra. O diretor-presidente da companhia, Paulo Henrique Macedo, afirmou que a medida tem como foco a segurança do escoamento da produção frutícola, setor estratégico para a economia.

Safra frutícola

O secretário da Agricultura, da Pecuária e da Pesca do RN, Guilherme Saldanha, destacou que o Governo do Estado atuou como interlocutor junto ao Governo Federal para viabilizar a manutenção do funcionamento do terminal. Em 2023, o porto chegou a operar sob risco de paralisação, o que levou a uma articulação entre o Governo do RN, Sebrae e exportadores para garantir a continuidade das atividades.

De acordo com Saldanha, o crescimento de 107% nas atividades portuárias em 2024 demonstra a importância da dragagem para ampliar a capacidade do terminal. A expectativa é que, com as melhorias, o porto receba navios de maior porte e aumente sua competitividade.