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Exportações baianas têm leve aumento de 0,68%

As exportações baianas registraram receitas de US$ 817,5 milhões em março, com acréscimo de 0,68% ante o mesmo mês do ano anterior. Esse resultado foi influenciado pelo aumento dos embarques, que cresceram 2,2% em volume na comparação com igual mês de 2024. Já os preços dos produtos exportados tiveram redução de 1,5%. As importações alcançaram US$ 851,9 milhões, com alta de 2,6%.

No primeiro trimestre, as exportações baianas somaram US$ 2,48 bilhões, queda de 3,6% na comparação com o primeiro trimestre de 2024. Já as importações somaram US$ 2,38 bilhões, alta de 9,2%. Com esses resultados, a balança comercial do estado apresentou superávit de US$ 93,4 milhões, 75,8% menor que em igual período de 2024. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia, autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan), a partir da base de dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Os embarques de soja atrasaram, mas apareceram com força em março, fazendo jus à esperada safra recorde de grãos do ano, o que ajudou as exportações, em sua totalidade, a fechar com o leve aumento no mês. O crescimento nos embarques do setor foi de 13,4%, enquanto que o preço do grão caiu 13,8% em relação a março de 2024.

Outro segmento que contribuiu para o crescimento das exportações no mês em análise foi a celulose, que somou US$ 139,1 milhões, com aumento de 19% no volume embarcado e de 22,9% nas receitas. Os preços subiram 3,3% em março, contra mesmo mês do ano passado.

Uma combinação de fatores inesperados (a paralisação das operações de uma indústria chinesa que refletiu em uma demanda adicional de 200 mil toneladas de celulose por mês e a valorização cambial) têm sustentado aumentos consecutivos dos preços da celulose em 2025, mas incertezas quanto ao equilíbrio entre oferta e demanda e ao impacto das tarifas americanas impõem cautela para os próximos meses.

O desempenho de preços das commodities pode ser, em parte, compensado por volumes de exportação, em alguns casos, mas as suas cotações, sujeitas ao impacto da política tarifária dos EUA.