A Universidade Estadual do Maranhão (Uema), por meio da Agência Marandu, tem sido um suporte fundamental para a startup I-Educam, que desenvolve um couro inovador a partir da pele de peixe, utilizando taninos vegetais em vez dos tradicionais químicos à base de cromo. Esta iniciativa não só reduz o desperdício de pescado, como também promove a sustentabilidade ao evitar o uso de metais pesados e poluentes no processo de curtimento, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
A indústria tradicional de couro utiliza curtentes sintéticos à base de cromo, que podem causar sérios impactos ambientais, como a contaminação do solo e da água. A proposta da I-Educam, porém, é transformar a produção utilizando agentes naturais, substituindo os produtos químicos por taninos vegetais. Isso torna o processo mais ecológico e seguro para a natureza. Segundo a pesquisadora Raimunda Fortes, professora da Uema, a substituição dos curtentes sintéticos por substâncias orgânicas é uma tendência crescente na indústria do couro. "Geralmente, a produção de couro na indústria é utilizada com curtentes sintéticos à base de cromo, que são substâncias químicas capazes de contaminar o meio ambiente.
A boa notícia é que, hoje, a indústria tem buscado substituir esses produtos por substâncias orgânicas que minimizam os impactos ao meio ambiente", explica a professora Fortes. Além de sua inovação no curtimento, a I-Educam promove capacitações especializadas, ensinando o processo de transformação da pele de peixe em couro sustentável. Essas oficinas não apenas oferecem um conhecimento valioso para os participantes, mas também fomentam cooperativas locais e conectam produtores a novos mercados consumidores.