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Pernambuco em alerta vermelho para chuvas

O litoral de Pernambuco e o norte de Alagoas estão enfrentando chuvas intensas que levaram mais de 50 cidades a entrarem em alerta "vermelho", de grande perigo. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) prevê que as chuvas possam atingir até 100 mm, com ventos fortes que podem chegar a 100 km/h. O fenômeno trouxe transtornos significativos, exigindo medidas emergenciais em várias localidades da região.

Em Recife, a prefeitura interrompeu as atividades não essenciais e recomendou o trabalho remoto, enquanto a Universidade Federal de Pernambuco também suspendeu todas as atividades acadêmicas.

A região metropolitana da capital pernambucana está em estado de alerta, com dezenas de pontos de alagamento registrados ao longo do dia. A Agência Pernambucana de Águas e Clima informou que os municípios de Camaragibe e Abreu e Lima apresentaram o maior acumulado de chuvas nas últimas 24 horas.

Durante o período de chuvas, moradores de Maceió, em Alagoas, compartilharam nas redes sociais imagens do impacto da tempestade. Além de relâmpagos e trovões, houve registros de um ciclista sendo arrastado pela correnteza e até mesmo de vários cágados, que foram vistos nas ruas da cidade, mostrando a força das águas que atingiram a capital alagoana.

Enquanto a situação persiste em Pernambuco e Alagoas, o INMET emitiu também um alerta de perigo de nível "laranja", que afeta uma faixa de mais de mil cidades nordestinas. O alerta vai desde o norte do Maranhão, passando por todo o Ceará, até Alagoas. Nesses locais, as chuvas contínuas trazem o risco de interrupção de energia, queda de árvores e alagamentos, com o tempo severo previsto para continuar.

A chuva não afeta apenas o Nordeste. No restante do Brasil, a previsão é de condições climáticas similares, com grande faixa de território em alerta. São aproximadamente 600 cidades situadas entre o Amazonas e o Paraná, com volumes de chuva que podem atingir até 100 mm, além de rajadas de vento de até 100 km/h. O alerta também inclui o risco de queda de árvores e danos à infraestrutura devido à intensidade das precipitações.

Mesmo regiões com menos precipitação nos últimos dias estão sofrendo com os impactos acumulados das chuvas. A Prefeitura de Campinas, em São Paulo, fechou os sete parques da cidade devido ao risco de queda de árvores, causado pelo solo encharcado e pelos ventos fortes. A decisão foi tomada como medida preventiva, considerando os danos potenciais que poderiam ser causados pelo solo instável, principalmente em áreas com grande quantidade de vegetação.

Enquanto isso, o Sul do Brasil enfrenta um problema completamente diferente: uma onda de calor. A meteorologia emitiu um alerta "vermelho", de grande perigo, para o interior do Rio Grande do Sul. De acordo com a previsão, mais de 400 cidades gaúchas devem enfrentar temperaturas até 5ºC acima da média até a próxima segunda-feira (10). O calor intenso representa um risco significativo para a saúde pública, principalmente para idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

É orientado que a população dos estados afetados pelas chuvas e pela onda de calor tome medidas preventivas.