O musical “Como é que se diz Eu Te Amo” será apresentado pela primeira vez em Brasília nos dias 9 e 10 de agosto, no Teatro Unip. O espetáculo é ambientado em 1999 e acompanha a trajetória de um grupo de jovens no último ano do ensino médio, em meio aos dilemas de identidade, descobertas, afetos e sonhos. Com mais de 30 canções da Legião Urbana executadas ao vivo, a montagem combina música, dramaturgia e coreografias para resgatar um período marcante da juventude brasileira.
A dramaturgia e produção são assinadas pelo paraense Leonardo Corrêa, que já levou o espetáculo a cidades como Belém, Macapá e São Paulo, e já emocionou mais de nove mil espectadores em temporadas anteriores. Em sua 13ª temporada, a produção chega à capital federal com novas encenações e arranjos musicais inéditos, com direção musical de Wanessa Solli, que também assina os arranjos. A direção de cena é compartilhada por Corrêa e pela atriz Francis Helena Cozta, que atua na montagem.
O elenco reúne 19 artistas entre atores e músicos. Destacam-se os nomes de Caio Paduan, ator premiado e conhecido por trabalhos na televisão e cinema; Francis Helena Cozta, que interpreta papel duplo como atriz e diretora; Arthur Alavarse, também presente na obra audiovisual “Paulo, O Apóstolo”; e o cantor Palma Jr., que assume o vocal como intérprete das músicas da Legião Urbana. A companhia conta ainda com Estela Leicca, João Pedro Uvo, Jota Estevam, Ju Akemi, Léo Corrêa, Letícia Monezi, Mau Fiori, Priscila Cammarosano, Renan Rezende, Vanessa Valente, Victor Barros e Yelon Daniel. No palco, a parte musical ao vivo é garantida pelos músicos Ivan Daniel, Júnior Bogea e Wanessa Solli, compondo uma experiência de espetáculo que mescla atuação e execução ao vivo.
Transição à vida adulta
O enredo apresenta jovens que vivenciam o último ano do colegial em 1999, período que simboliza transição entre adolescência e vida adulta, e reflete sobre a busca por identidade, pertencimento e autoconsciência. A narrativa aborda questões sociais como preconceito racial e homofobia, e propõe reflexões sobre o papel da juventude frente às transformações pessoais e coletivas. A estrutura dramática intercala cenas de confronto, romance, amizade, tensão e reconciliação, intercaladas com canções de forte carga emocional, tocadas com arranjos inéditos. Coreografias elaboradas acompanham os números musicais e reforçam a atmosfera dos anos finais do milênio.
O espetáculo foi reconhecido ainda com o Prêmio Nacional Brasil Musical em 2018, na categoria Norte, marcando sua trajetória como um dos destaque do teatro musical brasileiro. Desde então, novas temporadas foram encenadas, com produção e repercussão crescente, chegando agora a Brasília em sua temporada de número 13. A montagem é apresentada como uma produção que mistura elementos de drama, humor e poesia, sem recorrer à adjetivação excessiva, e busca tratar temas universais por meio de uma linguagem que combina cena e música de forma orgânica.
A duração total do espetáculo é de 2 horas e 20 minutos, incluindo intervalo de 15 minutos. A classificação indicativa é de 14 anos. O Teatro Unip abrirá suas portas uma hora antes do início de cada sessão. No sábado, dia 9 de agosto, a apresentação terá início às 19h; no domingo, 10 de agosto, será às 18h. Os ingressos estão disponíveis exclusivamente pela plataforma Sympla, por meio do link específico para o evento.
Identificação
A proposta do musical ultrapassa o tributo à Legião Urbana: busca, por meio de uma encenação que dialoga com questões da juventude do passado recente, construir um espaço de identificação com plateias contemporâneas. Ao reviver clássicos da banda dos anos 1980 e 1990 numa trama que reflete os dilemas dos jovens de 1999, a montagem busca provocar memórias e provocar o espectador a questionar temas como descoberta pessoal, pertencimento e transformação social.
Com direção musical e arranjos de Wanessa Solli, desenho de luz por Rodrigo Pivetti, e coprodução de Caio Paduan com Leonardo Corrêa, o musical apresenta um conjunto artístico estabelecido e experiente. A produção enfatiza a convivência entre atores e músicos em cena e o uso de recursos cênicos que evocam o fim dos anos 1990.
A montagem propõe uma experiência de musical que integra repertório de grande importância para a música brasileira com uma narrativa ficcional centrada na construção de identidade por meio de afetos, memórias e arte cênica, consolidando-se como uma proposta cultural relevante em Brasília. A montagem mantém presença ativa nas redes sociais, o perfil oficial no Instagram divulga informações sobre temporada, elenco, bastidores e detalhes sobre compra de ingressos.