O Mato Grosso do Sul assumiu, desde o início de 2023, o compromisso de combate efetivo à extrema pobreza que já começa a apresentar resultados a partir do mapeamento e busca das famílias em situação de vulnerabilidade, além de repensar e inverter a lógica dos programas sociais. O desempenho desse trabalho é revelado por levantamentos como a Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE neste mês, revelando que mais de 40 mil pessoas saíram da situação de pobreza no Estado entre 2023 e 2024.
Com uma economia pujante e pleno emprego, Mato Grosso do Sul fez dos programas sociais estruturantes da Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos) um instrumento de assistência social, segurança alimentar, inclusão, incentivo ao estudo, qualificação profissional e de escalada social. Uma transformação no programa de bolsas de estudo, por exemplo, permitiu a permanência de estudantes de baixa renda em cursos superiores de período integral.
Primeira pessoa da família a concluir o Ensino Médio, a acadêmica de Medicina Ariadne Mariana Rocha da Cunha, hoje com 24 anos, só conseguiu a bolsa de estudos com a transformação do antigo Vale Universidade em MS Supera. "Quando entrei na faculdade começou outro dilema, o de me manter na UFMS. Começaram os gastos, compra de jaleco, do estetoscópio, gastos com alimentação. Ficou muito apertado. Foi quando mudaram a legislação e deixaram de exigir o estágio obrigatório, que impedia o acesso de estudantes de período integral ao programa. Eu me inscrevi e foi uma segunda vitória. A primeira foi quando eu passei no vestibular e a segunda quando fui aprovada para receber o MS Supera", contou. Filha de um pedreiro e de uma dona de casa, a ascensão de Ariadne representa uma mudança de paradigmas.
Agência de Notícias do Mato Grosso do Sul