Por: Thamiris de Azevedo

Museu Aberto traz Paulinho da Viola

O Museu a Céu Aberto projeta obras de arte nos monumentos | Foto: Divulgação

Sob a luz das estrelas, a partir das 19h30 de terça-feira (9), a cúpula do Museu da República, no centro da capital, recebe a segunda edição do Museu Aberto, desta vez dedicada ao tema brasilidades. Após o sucesso da estreia, que ocupou o Panteão da Pátria com projeções mapeadas e um show da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, a nova edição retorna com Paulinho da Viola no show “Quando o Samba Chama” e uma série de projeções que transformarão o monumento em uma imersão visual.

Idealizado por Danielle Athayde, o projeto nasceu em 2020, durante as comemorações dos 60 anos de Brasília. Em entrevista ao Correio da Manhã, Danielle explica que a ação surgiu da proposta de transformar a cidade em um museu a céu aberto.

“A ideia foi permitir que a arte se apresente por meio da tecnologia com obras de artistas visuais projetada nos edifícios icônicos da capital acompanhadas de música boa que dialogue diretamente com o espaço urbano e os cidadãos. Defino o projeto como uma experiência inovadora de interação entre arte e espaço público, onde diversas formas de expressão artística integram com o cenário urbano enriquecendo a vivência da cidade. A cúpula do Museu da República desempenha um papel fundamental ao transformar o espaço arquitetônico em uma obra de arte dinâmica. Elas criam um ambiente visual impressionante que atrai e engaja o público, proporcionando uma experiência sensorial única”, diz.

Interação

Danielle destaca a força das projeções na cúpula para gerar sensação de pertencimento. “Reforça a interação das pessoas com o patrimônio cultural, expandindo a compreensão sobre a história e a identidade do Brasil. É a criação de uma nova forma de interagir com o espaço urbano, quando a arte se torna um agente transformador e promove sentimento de pertencimento de uma forma cessível que atrai tanto o público local quanto visitantes”, afirma.

A idealizadora também comentou os desafios de construir um projeto dessa magnitude. “Um dos principais desafios foi encontrar formas de envolver a comunidade e garantir que as diversas vozes culturais da cidade fossem representadas. Além disso, a logística de produzir um evento ao ar livre, com equipamentos tecnológicos necessários para as projeções e a sonorização, também apresentou dificuldades. No entanto, os aprendizados incluem a importância da colaboração com artistas locais, a valorização das diversas formas de expressão cultural e a necessidade de promover a inclusão, buscando sempre o envolvimento ativo da comunidade”, compartilha.

Democratizar a arte

Athayde reforça que a motivação central é democratizar o acesso à arte. “A principal motivação foi democratizar o acesso à arte e à cultura, permitindo que todos os cidadãos possam vivenciar experiências artísticas de forma gratuita e acessível.”, declara.

Sobre o futuro, ela confirma que pretende dar continuidade a inciativa em 2026. “Sim, há a intenção de continuar com o Projeto Brasília Museu Aberto no próximo ano. As datas ainda serão confirmadas”, informa.