Por: Thamiris de Azevedo

Reajuste de salário para forças de segurança do DF

O reajuste varia de 19,60% a 28,40%, conforme a patente | Foto: Agência Brasília

Após meses de negociação entre parlamentares do Distrito Federal, representantes das categorias, o governador Ibaneis Rocha (MDB) e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o presidente Lula (PT) assinou, na última segunda-feira (1º), uma Medida Provisória (MP) que autoriza reajuste salarial para policiais civis, militares e bombeiros do DF, com índices que variam entre 19,60% e 28,40%, a depender da patente. O documento também atualiza o auxílio-moradia em duas parcelas de 11,5%. Na mesma sessão, o presidente assinou o Projeto de Lei que permite a nomeação de mais 700 policiais civis, 1.284 policiais militares e 89 bombeiros para a capital.

Ao Correio da Manhã, o presidente do Sindicado dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Enoque e Freitas, avalia o reajuste como um avanço mas ressalta que ainda não foi alcançada a pararidade salarial com a Polícia Federal por qual a categoria luta.

"O reajuste representa um avanço importante para os policiais civis do DF. Após meses de diálogo intenso e muita mobilização, a categoria finalmente recebe um reconhecimento que impacta diretamente as condições de trabalho e a valorização profissional. É uma conquista que fortalece os agentes de segurança, dá fôlego à carreira e sinaliza respeito ao trabalho de quem está diariamente na linha de frente. Ainda seguimos firmes na defesa da paridade salarial com a Polícia Federal, que continua sendo nossa meta permanente", afirma.

A senadora Leila Barros (PDT) que, segundo ela, chegou a conversar com Lula sobre o reajuste, explica à reportagem que os agentes já irão receber a primeira parcela em dezembro e a segunda em janeiro.

"A MP é essa garantia do efeito imediato. Agora vamos tratar de debates que são necessários, mas o objetivo maior era o efeito imediato para garantir o cumprimento dos acordos já realizados", relata.

Para o senador Izalci Lucas (PL), a aprovação é uma vitória, mas ele segue defendendo mais autonomia para as forças de segurança do DF.

"O DF deve ter liberdade para gerir sua própria política de segurança, sem interferência do Congresso. Temos um contingente menor do que o necessário e uma defasagem acumulada de muitos anos no efetivo", afirma.