O Pavilhão do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek será o centro esportivo, entre os dias 8 e 13 de dezembro, da 24ª Olimpíadas Especiais das Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). O evento contará com 1,3 mil atletas com deficiência intelectual e múltipla, que competirão pelo troféu. A olimpíada ocorre a cada três anos.
Esta é a segunda vez que Brasília recebe a edição nacional do evento, sendo a primeira em 1984. As competições também acontecerão na Universidade de Brasília, no Centro Integrado de Educação Física, no Clube do Exército, no Comando Militar do Planalto e no Instituto Federal de Brasília.
No total, serão dez modalidades, pela primeira vez na história do evento. Entre elas, cinco individuais (atletismo, natação, tênis de mesa, ginástica rítmica e bocha paralímpica) e cinco coletivas (futsal, basquete, handebol, futebol society e capoeira).
Seletivas
Em entrevista ao Correio da Manhã, Roberto Soares, coordenador de educação cívica, deporto e lazer da Apaes Brasil, explica que, antes de chegar às Olimpíadas Nacionais, os atletas participam de competições anteriores.
“Nós temos vários profissionais de educação física espalhados dentro das unidades. Eles estimulam o exercício físico entre os alunos. A olimpíada acontece a cada três anos, e antes disso acontecem as seletivas regionais. Então esses atletas já chegam no Nacional com uma bagagem de experiências para conseguir absorver todas as nossas informações”, afirma.
“Quando um atleta chega nesse nível de representação estadual a nível nacional, significa que ele tem assiduidade na prática esportiva e, consequentemente, isso tem impacto em sua saúde. E não é só a saúde física, é a saúde global da pessoa. Além disso, nessas práticas, eles desenvolvem habilidades, descobrem novos horizontes, conhecem lugares diferentes e sociabilizam com novas culturas”, explica.
Soares também destaca que, neste ano, além das modalidades competitivas, o programa oferecerá aulas de badminton e tênis em campo para estimular os participantes a conhecerem outros esportes.
Em nota, o presidente da Apae Brasil, Jarbas Barros, ressalta que a olimpíada é também uma oportunidade de conscientização social.
“Cada edição celebra tanto as conquistas esportivas quanto reforça nosso comprometimento em chamar a atenção da sociedade sobre a relevância do respeito às diferenças, do direito à cidadania e do acesso a oportunidades para as pessoas com deficiência”, conclui.