Entre os dias 11 e 14 de novembro Brasília sediou 26o Congresso do Ministério Público. Foi a primeira vez que Brasília foi a sede. O evento que ocorre a cada dois anos comemora, desta vez, 55 anos da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp). Durante as reuniões, promotores e procuradores de justiça de todo o Brasil participaram de palestras e debates sobre o sistema de justiça brasileiro e valores democráticos.
À reportagem, o procurador-geral de Justiça do Distrito Federal e presidente do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União, Georges Seigneur, afirma que a realização em Brasília é simbólica. “Brasília, com sua vocação para a convergência e o debate nacional, é o cenário ideal para essa reflexão coletiva sobre o papel do Ministério Público no futuro”, declara.
Em entrevista ao Correio da Manhã, o Secretário Geral da Conamp, Alessandro Samartin, conta que este ano Brasília foi escolhida para comemorar o aniversário do órgão e concentrar o debate no centro político das autoridades.
“Aqui é a casa do Conamp, onde fica a sede. Nós já tínhamos um sonho antigo de realizar o Congresso Nacional aqui em Brasília, que é um ponto central onde as questões da República são decididas. É o centro do poder do país e um ambiente que reúne um número significativo de pessoas, incluindo autoridades. É um ambiente mais propício para gente semear as ideias do Ministério Público brasileiro em prol da melhoria da prestação de serviços para a sociedade. Então o universo conspirou para que tudo desse certo para ser aqui em Brasília”, afirma.
Reflexão
Ele declara que o objetivo principal do Congresso é despertar reflexão sobre como o Ministério Público pode se constituir para promover uma transformação para o futuro.
“Mas esse futuro começa agora. Começa exatamente neste congresso em que a gente discute o papel do Ministério Público sobre o viés do fortalecimento da democracia, o prisma de uma atuação mais eficiente e resolutiva, incorporando, também, as tecnologias e inovações que o mundo moderno oferece. Buscamos, nos centros de nossas competências, responsabilidade e legitimidade política, fazer as transformações sociais que a Constituição nos estabeleceu”, diz.
Para ele, o saldo do Congresso foi positivo. Segundo o Secretário, durante os encontros, foi possível colher muitas ideias que podem resultar em verdadeiras mudanças institucionais.
