Na apuração dos bastidores para a corrida pelo Executivo do Governo do Distrito Federal, o Correio da Manhã confirmou que o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Socialista Brasileiro (PSB) estão negociando uma possível união para a corrida pelo Buriti. Até o momento, a atual vice-governadora, Celina Leão (Progressistas), lidera as pesquisas pela disputa. O cenário aponta que seu vice será o atual secretário da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha (Republicanos).
Embora a maioria dos veículos de informação estejam confirmando que o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, é o nome escolhido para a disputa, à reportagem, o presidente do PT-DF, Guilherme Sigmaringa, informou que, embora Grass atualmente tenha apoio da maioria dos filiados, o partido ainda não escolheu seu candidato e irá seguir o rito do PT Nacional, que só deve bater o martelo no ano que vem.
“O PSB, nacionalmente, compõe o arco de apoio ao governo Lula. É natural que busquemos repetir essa aliança nos estados”, afirma.
Magela x Grass
A fala de Sigmaringa não descarta, assim, uma possível aliança que coloque o PSB na cabeça de chapa. No caso, o partido tem como pré-candidato o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Capelli, que foi o interventor na área de segurança após os atos de 8 de janeiro de 2023.
Mas o PT também tem suas disputas internas. Ao Correio, o ex-deputado federal Geraldo Magela declara que não desistiu da candidatura da sua candidatura. Ele se declara inconformado e acusa algumas lideranças de criarem a ideia de estar tudo decidido com a intenção de tirá-lo do jogo.
“Infelizmente, algumas lideranças e forças políticas internas do PT tentam criar a ideia de que já há uma decisão. Na verdade, algumas destas forças vinham trabalhando para que não houvesse prévias. Portanto, até que as orientações sejam aprovadas, nenhuma decisão pode ser tomada”, diz.
Magela explica que, caso não haja consenso, a determinação estatuária é que ocorram prévias para a escolha do candidato.
“Estas prévias podem ocorrer nos primeiros meses do próximo ano. Nós vamos continuar defendendo que o melhor método para decisão são as prévias, com debates e ampla participação da militância”, conclui.
Já o presidente do PSB-DF, Rodrigo Dias, confirma que considera a união importante, mas ressalta que o partido pretende lançar Ricardo Cappeli como governador e não vice. “A ideia é o Cappelli ser o cabeça de chapa em uma composição”, declara.