Por: Thamiris de Azevedo

Pets do DF vão ganhar microchip para monitoramento

A cadelinha Pepita recebeu o seu chip esta semana | Foto: Thamiris de Azevedo/Correio da Manhã

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) disponibilizou mais 10 mil microchips gratuitos para serem implantados em cães e gatos no Distrito Federal. A medida existe desde 2024, mas esta é a primeira vez que ocorre um mutirão no país para incentivar o uso do dispositivo em animais. Para participar, é necessário que os tutores estejam registrados no Sistema do Cadastro Nacional de Animais Domésticos (SinPatinhas) e emitam o RG dos animais.

A ação está sendo realizada em parceria com sete instituições de ensino superior: UnB, UCB, Unidesc, Icesp, Uninassau, UDF e Uniceplac. As aplicações ocorrerão nas universidades todas as sextas-feiras até o dia 28 de novembro. Além dessas localidades, o chip também pode ser implantado em qualquer dia por clínicas veterinárias credenciadas ao programa.

À reportagem, a diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais do Ministério do Meio Ambiente, Vanessa Negrini, explica que, com a ferramenta, se o animal se perder, ele pode ser facilmente localizado e devolvido ao tutor.

“E em caso de abandono ou maus-tratos, os responsáveis também podem ser identificados. Esse é um passo importante pela guarda responsável e pela proteção dos nossos animais”, afirma.

Ela destaca o caráter educativo da iniciativa. “Com essa ação de microchipagem, a gente quer mobilizar e conscientizar a população do Distrito Federal para mostrar a importância de registrar nossos cães e gatos no SinPatinhas”, completa.

Segundo dados do Ministério, no DF estão cadastrados no SinPatinhas 16.362 tutores, sendo 13.782 cães e 6.143 gatos. O animais que já utilizam a ferramenta aão 1.965 cães e 760 gatos.

Aplicação

Em entrevista ao Correio da Manhã, a veterinária Gabriela Soares explica que a aplicação é simples e rápida.

“A microchipagem é um procedimento rápido e seguro. Ele é um pequeno dispositivo do tamanho de um grão de arroz aplicado sob a pele do animal, normalmente na região entre as escápulas, logo atrás do pescoço. Usamos um aplicador estéril semelhante a uma seringa, e o procedimento leva apenas alguns segundos. O animal pode sentir um leve incômodo no momento da aplicação, parecido com uma picada, mas não há dor significativa nem necessidade de anestesia. Depois de implantado, o microchip fica sob a pele por toda a vida do animal e contém um número único de identificação, vinculado aos dados do tutor”, esclarece.