Mato Grosso do Sul registrou superávit de US$ 6,34 bilhões na balança comercial entre janeiro e setembro. O resultado representa aumento de 347% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Carta de Conjuntura do Comércio Exterior, elaborada pela Assessoria de Estatística e Economia da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
No total, o estado exportou US$ 8,18 bilhões e importou US$ 1,83 bilhão no acumulado do ano. As vendas externas cresceram 4,5%, enquanto as importações caíram 12,75%.
A celulose foi o principal produto comercializado, responsável por 29,22% do total exportado. Em seguida aparecem a soja, com 25,58%, e a carne bovina, com 15,92%.
Comparando com 2024, houve mudança nos itens exportados: a soja, que liderava o ranking com 34,71%, passou ao segundo lugar, e a carne aumentou sua participação de 11,25% para 15,92%. Já os açúcares e melaços reduziram de 8,31% para 6,57%, e o farelo de soja caiu de 7,09% para 4,36%.
Do lado das compras externas, o gás natural continua sendo o item mais adquirido, com 33,03% do total, seguido pelo cobre (8,14%) e caldeiras de geradores a vapor (6,86%), utilizados em usinas sucroenergéticas. A retração nas importações foi influenciada pela menor compra de gás da Bolívia.
De janeiro a setembro de 2024, o volume importado somou 2,86 milhões de toneladas, no valor de US$ 874,5 milhões. Neste ano, foram 2,1 milhões de toneladas, totalizando US$ 606,1 milhões, redução de 33% em valor e 30,7% em volume.
A China segue como principal destino das exportações sul-mato-grossenses, com participação de 46,11% do total e leve alta de 1,73% no valor vendido, somando US$ 3,76 bilhões.