Por: Thamiris de Azevedo

Dia das Crianças: comércio com expectativa positiva

Consumidores dão preferência à compra em lojas | Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O Dia das Crianças deste ano promete movimentar o comércio do Distrito Federal, mesmo com o aumento nos preços dos brinquedos. Dados de Procons de outros estados, como de Goiás ao lado da capital, apontou para uma variação de até 266% no preço dos produtos, e a presunção é de que, embora não haja pesquisa oficial do Procon-DF, a situação siga o mesmo padrão. Porém, apesar da alta, os consumidores estão dispostos a gastar mais presentear as crianças, aponta o relatório de expectativa do Instituto Fecomércio (IF).

Em entrevista ao Correio da Manhã, a diretora-executiva do Instituto Fecomércio-DF, Regina Malheiros, explicou que o relatório se baseia na expectativa de vendas e, para o cálculo estatístico, foi considerado um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de aproximadamente 5%.

“O relatório se baseia na expectativa de vendas, considerando estimativas do ticket médio por cliente e o valor que o consumidor pretende gastar. Ou seja, não são feitas estimativas do preço dos produtos, mas do comportamento do consumidor. Segundo o estudo, 42,6% dos brasilienses pretendem comprar objetos de brinquedos para as crianças neste ano, um aumento em relação aos 41,7% registrados no ano passado. Em seguida, estão as roupas com 23,5%”, relata.

Lojas físicas

Outro dado relevante é a preferência dos consumidores pela compra em lojas físicas. Apenas 18,4% dos entrevistados planejam comprar pela internet. Para a especialista, a explicação está na vontade de ver, tocar e testar o produto antes da compra, especialmente no caso de brinquedos e roupas. Além disso, as promoções exclusivas nas lojas e a possibilidade de levar o presente na hora atraem os consumidores, sobretudo aqueles que deixam as compras para última hora.

Apesar da alta expectativa de vendas, o número de consumidores que pretende presentear caiu em relação ao ano passado. Enquanto 73,3% disseram que iriam comprar presentes, neste ano o percentual é de 66,2%.

“Menos pessoas devem presentear, mas o valor médio gasto por cada uma delas deve ser maior, em torno de 10%”, esclarece Malheiros.

No âmbito local sobre o Dia das Crianças, Regina destaca que as vendas impulsiona a economia do DF ao aumentar o fluxo de pessoas nos centros comerciais e nas lojas físicas, gerando um efeito positivo no varejo. Isso reflete em maior faturamento, renovação de estoques, geração de empregos e aumento da arrecadação, beneficiando toda a cadeia econômica da região.