O deputado distrital Chico Vigilante (PT) apresentou, na terça-feira (12), a moção 1.457/2025 para declarar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, persona non grata no Distrito Federal. "Sou brasileiro, não me rendo, e não aceito interferência externa no nosso país", disse Vigilante.
A iniciativa surgiu após o estadunidense citar Brasília e outras cidades como capitais com altos índices de criminalidade. Segundo a Agência da Câmara Legislativa do DF (CLDF), em maio, o governo Trump já havia incluído regiões como Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá em lista de locais desaconselhados para visita por turistas americanos.
O tema foi central nos discursos da sessão ordinária. Parlamentares de oposição e da base se manifestaram sobre a proposta e sobre a postura do governador Ibaneis Rocha (MDB), que enviou carta a Trump apresentando dados da segurança pública da capital.
Ainda segundo a Agência CLDF, Gabriel Magno, também do PT, apoiou a moção e criticou o chefe do Executivo local por responder ao presidente norte-americano.
Já Daniel de Castro (PP), aliado do governo, afirmou que a carta foi um ato de diplomacia. Max Maciel (PSol) também se posicionou contra a comunicação, defendendo que as prioridades estejam voltadas às demandas da população do DF.
O líder do governo, Hermeto (MDB), rebateu a imagem de insegurança atribuída à capital e destacou ações recentes, como contratação e promoção de policiais e recomposição salarial da categoria.
Deputados do PL, Thiago Manzoni e Roosevelt, contestaram a narrativa de que as declarações de Trump representariam ataque à soberania nacional e acusaram adversários políticos de adotar posicionamento ideológico.