A "Operação Larápida", deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), na madrugada da última segunda-feira (28), cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na região administrativa de Santa Maria, no Distrito Federal. A ação foi direcionada contra uma mulher de 42 anos, acusada de furtar diversas vítimas em áreas nobres de Brasília, enquanto atuava como diarista e cuidadora de idosos.
Segundo as autoridades, ela usou cartões bancários de moradoras de bairros nobres como Lago Sul, Setor de Mansões Park Way e Noroeste. Entre as vítimas havia duas pessoas idosas, uma de 90 e outra com 84 anos, das quais ela se passava por cuidadora. Ainda, a PCDF destaca que a criminosa só não enganou uma terceira idosa, de 89 anos, por intervenção dos policiais.
A mulher revirava as bolsas e as residências das vítimas em busca de cartões e dados bancários. Segundo a investigação, com relação às pessoas idosas, ela agia durante a madrugada enquanto as vítimas dormiam.
Em coletiva à imprensa, o delegado-chefe da operação, Laércio Rosseto, afirma que ela estava foragida desde 2022.
“Quando os patrões descuidavam, ela conseguia subtrair os cartões bancários e cometer várias fraudes. Há atualmente quatro ações penais suspensas no poder Judiciário, haja vista que ela estava desaparecida desde 2022. Com a prisão dela, e as denúncias que foram feitas contra ela pelo Ministério Público, agora ela vai responder por esses crimes presa”, explica.
A mulher responderá por furto qualificado, praticado mediante fraude e com abuso de confiança, cuja pena varia de dois a oito anos de reclusão.
Outro caso
Há dois meses, em maio deste ano, a PCDF prendeu duas mulheres responsáveis por uma série de golpes contra idosos no DF. Segundo a polícia, as criminosas, de 42 e 39 anos, se passavam por representantes de igrejas evangélicas para enganar as vítimas, ocasião em que se aproveitavam da boa-fé e vulnerabilidade. De acordo com as investigações, as estelionatárias abordavam os idosos com uma falsa promessa de incluí-los em programas de distribuição de cestas básicas.
Utilizando de discurso persuasivo, as suspeitas conseguiam obter documentos pessoais e fotografias das vítimas, com os quais posteriormente abriam contas bancárias fraudulentas e contratavam empréstimos ilícitos.
A PCDF alerta a população para ter atenção redobrada com propostas que exigem o fornecimento de dados pessoais em troca de supostos benefícios.