A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Crimes Fazendários (Defaz), concluiu 176 Autos de Investigação Preliminar (AIPs) sobre possíveis delitos contra a ordem tributária no primeiro semestre de 2025. No mesmo período de 2024, foram 22 procedimentos encerrados, o que representa aumento de 700%.
Os AIPs são usados em apurações iniciais e têm estrutura menos formal do que os inquéritos policiais. Por isso, permitem que as diligências ocorram com mais rapidez.
A adoção mais ampla dessa ferramenta tem contribuído para acelerar a análise de documentos, ouvir envolvidos e reunir dados com agilidade.
A Defaz registrou aumento de 675% nas representações encaminhadas ao Judiciário. Foram 31 pedidos de medidas como mandados de busca ou quebras de sigilo em 2025, ante 4 no mesmo período de 2024.
O número de inquéritos finalizados também subiu: foram 55, contra 35 de 2024.
As oitivas do semestre chegaram a 295, o que representa crescimento de 43% em relação aos 206 registros de 2024.
A ampliação das ações focaram no combate a esquemas que provocam perdas financeiras ao estado por meio de fraudes e omissão de tributos.
Entre as principais ações do período está a "Operação Rent-A-Business", deflagrada em maio. A investigação desarticulou um grupo suspeito de operar empresas fictícias para emitir notas fiscais frias.
A estimativa é que o esquema tenha movimentado mais de R$ 7,6 bilhões em notas com baixa arrecadação de impostos.
Os responsáveis pelo esquema são investigados por práticas como sonegação, uso de documentos falsos e formação de grupo criminoso. As operações buscam responsabilizar os envolvidos e recuperar recursos desviados do fisco estadual.
