O Secretário de Economia do DF, Ney Ferraz, foi condenado, na última quinta-feira (3), em segunda instância pela a 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), a 9 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ainda cabe recurso da decisão.
Em nota à imprensa, o advogado de defesa do acusado, Cleber Lopes, esclarece que esse processo é resultado de uma investigação iniciada em 2021 e concluída em março de 2023. Ele também defende a presunção de inocência do secretário e avalia que a decisão do juízo foi filiada a impressões de um exame superficial do processo.
A reportagem procurou a pasta de Economia para saber os procedimentos no caso de condenação do atual secretário, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.
Investigação
A “Operação Imprevidentes”, realizada pela Polícia Civil do DF, indicou um esquema fraudulento no âmbito do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do DF (Iprev), constatando irregularidades relacionadas ao chamamento em edital para a obtenção de credenciamento de fundos de investimento e instituições financeiras em 2021.
Em decorrência da operação, o Ministério Público do DF denunciou o atual secretário que à época do fato era presidente do Iprev. Ao Correio da Manhã, o MP esclarece que Ferraz foi absolvido da acusação de corrupção passiva e condenado pela lavagem em primeira instância, ocasião em que o órgão recorreu, e o TJDFT reformou a sentença para condenar o réu pelos dois crimes.
Medida Protetiva
O Correio apurou que, no início deste mês, o TJDFT arquivou também medida protetiva contra Ney Ferraz em favor de vítima não identificada, por violência doméstica e perseguição.
O Ministério Público confirmou que há inquérito policial sobre violência doméstica e que está em tramitação direta entre a Promotoria de Justiça, que faz o acompanhamento e a delegacia responsável.