Por: Thamiris de Azevedo

Professores continuarão em greve

Professores mantiveram a greve, mas adesão diminuiu | Foto: Sinpro/DF

Os professores da rede pública do DF decidiram manter a greve. Após reunião de mediação entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro), os profissionais não aceitaram a proposta feita e optaram pela continuidade da greve. Cerca de 34% das unidades escolares aderiram ao ato.

A negociação aconteceu após protesto na Câmara Legislativa do DF, ocasião em que os deputados requereram ao Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) que mediasse reunião entre o GDF e a categoria. Reuniram-se, na quinta, o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, o secretário de Economia, Ney Ferraz, e representantes da comissão de negociação do Sinpro.

Em nota, o sindicato afirma que os professores e orientadores consideraram a proposta insuficiente e decidiram pela manutenção da paralisação por tempo indeterminado.

Proposta

Segundo o Sinpro, o governo propôs a contratação de 3 mil professores e professoras para dezembro de 2025, prorrogação do concurso realizado em 2022, convocação de um novo concurso no segundo semestre, e a construção de um calendário de reestruturação da carreira, com mediação do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), e a participação das secretarias da Casa Civil, de Educação e de Economia, com conclusão em até 90 dias.

A categoria está em greve mesmo sob pena de multa de R$ 1 milhão por dia em razão de descumprimento da decisão do Tribunal de Justiça que determinou, no dia 31, a suspensão imediata da greve. Em resposta, o Sinpro protocolou uma Reclamação Constitucional com pedido de liminar contra a decisão da Desembargadora do TJDFT.

Em nota ,a Secretaria de Educação afirma que não cabe à Pasta comentar decisões tomadas pela categoria, e que a proposta do GDF foi apresentada de forma oficial, com todos os termos discutidos em mesa de negociação. Ainda aponta que houve diminuição da adesão à greve. O número de escolas totalmente paradas diminuiu em relação ao primeiro dia. Agora, são 242 unidades com paralisação integral, o que representa cerca de 34% das 713 escolas da rede pública.

A secretaria ressalta que aproximadamente 66% das escolas seguem funcionando parcialmente, com uma média de 15% a 20% dos profissionais em paralisação.