Em assembleia do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), educadores do ensino público decidiram, nesta terça-feira (27), entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (2). Atualmente, conforme dados dos sindicatos, o DF tem mais de 30 mil profissionais na categoria.
Segundo o Sinpro, desde o início a categoria está tentando negociar suas reivindicações com o GDF, mas o governo não as acolheu e nem ofereceu nenhuma proposta. O governador Ibaneis Rocha (MDB) alega que o DF não tem condição orçamentária para atender às pautas salariais do magistério público.
Com isso, o diretor do sindicato, Samuel Fernandes, afirma que não houve outra saída e, assim, os professores vão permanecer em greve por tempo indeterminado.
Campanha Salarial
A reestruturação da carreira trazida pela campanha salarial propõe a redução dos padrões da tabela salarial de 25 anos para 15. Com isso, os maiores salários são atingidos mais rápido.
“Para se ter ideia, com a reestruturação da carreira, quem entra na carreira do magistério público com especialização e cumpre jornada de 40 horas, tem remuneração-base de R$ 6.655,25. Com o achatamento dos padrões, a remuneração passa para R$ 15.139,30, que é mais que o dobro”, afirma nota.
Medidas judiciais
Ao Correio da Manhã, a Secretaria de Estado de Educação do DF informa que irá ingressar com medidas judiciais contra a greve deflagrada, por entender que o movimento possui caráter abusivo, ilegal e desproporcional com prejuízos irreparáveis aos estudantes e suas famílias.
Segundo a pasta, o GDF está trabalhando para concretizar avanços para a categoria.
“A paralisação ocorre em um momento de avanços concretos para a categoria, justamente quando o GDF cumpre o pagamento da última parcela do reajuste de 18% e da penúltima etapa de incorporação da Gratificação de Atividade Pedagógica, que beneficiam milhares de profissionais da ativa, aposentados e pensionistas. Além disso, o governo já investiu R$ 2,08 bilhões a mais por ano na folha de pagamento da carreira do magistério, comparando os valores de junho de 2023 com os de maio de 2025”.