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DF amplia ações contra o bullying nas escolas

Pesquisa do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) revela que 87% das escolas públicas da região promoveram campanhas educativas sobre bullying em 2024. O estudo, divulgado na quarta-feira (21), aponta avanços no combate ao problema, embora desafios permaneçam.

De acordo com o IPEDF, o levantamento mostra que 88% das instituições orientaram famílias sobre o tema, enquanto 58% dos professores realizaram atividades com alunos.

Agora, a partir dos apontamentos realizados entre os educadores, 76% relataram casos de violência entre estudantes, com destaque para discriminação por raça, orientação sexual e aparência física.

Além disso, o estudo aponta que os efeitos do bullying são significativos: 38% das vítimas faltaram às aulas devido a agressões, e muitas apresentaram queda no desempenho escolar, aumentando episódios de isolamento e tristeza.

Apesar do cenário apresentado, apenas 27% das escolas oferecem programas de apoio a envolvidos. Segundo o Instituto, especialistas alertam que a falta de acompanhamento psicológico pode agravar consequências a longo prazo.

O Distrito Federal é o terceiro no ranking nacional de iniciativas contra o problema, com 60 ações registradas entre 2000 e 2024.

A maioria (70%) consiste em leis, normas ou guias, mas faltam medidas direcionadas à formação de docentes.

Representantes da Secretaria de Educação e do IPEDF destacaram a importância dos dados para políticas públicas.

O mapeamento nacional indicou crescimento de ações a partir de 2015, sinalizando maior atenção ao tema. Para o IPEDF, novas estratégias devem incluir capacitação de profissionais e parcerias com órgãos de proteção à infância.