Embora Brasília tenha alcançado, no ano de 2024, o menor índice de homicídios dos últimos 48 anos, por outro lado os números de feminicídio não param de crescer. Só este ano, 11 mulheres já foram mortas, três a mais do que o mesmo período do ano passado, quando, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram registrados oito assassinatos.
As ocorrências foram registradas, segundo a pasta, nas seguintes datas e localidades: 5 de janeiro na região administrativa Estrutural; 15 de janeiro em Planaltina; 22 de fevereiro também em Planaltina; 26 de fevereiro no Cruzeiro; 29 de março na Fercal; 31 de março no Recanto das Emas; 4 de abril no Paranoá; 9 de abril no Park Way; 19 de abril no Sol Nascente/Pôr do Sol; 18 de maio em Samambaia e 19 de maio em Ceilândia. Ou seja, duas vítimas em 24 horas.
Secretaria da Mulher
À reportagem, a Secretaria da Mulher do DF afirma que desenvolve um conjunto amplo e estruturado de programas e ações para coibir a violência contra a mulher, com foco na prevenção, acolhimento, proteção, autonomia econômica e reconstrução da dignidade feminina.
“De 2020 a 2024, houve um aumento expressivo de 743% no investimento na pauta da mulher, ampliando significativamente o alcance e o impacto das políticas públicas no território do DF”, diz nota.
SSP
Já a Secretaria de Segurança informa que o combate à violência contra a mulher é uma das prioridades do “Segurança Integral", programa que envolve a participação da sociedade civil e de diversos órgãos. A pasta também destaca o eixo "Mulher Mais Segura", do programa “Segurança Integral”, que concentra medidas preventivas e tecnologias voltadas para a proteção e o enfrentamento da violência contra a mulher.
“Uma das iniciativas é o incentivo à denúncia como meio de interromper o ciclo de violência, permitindo que a rede de apoio possa agir de maneira mais eficiente. Isso ajuda a aumentar a notificação de casos, e a reduzir a subnotificação”, destaca.
A secretaria também afirma que, atualmente, aproximadamente 1,1 mil pessoas estão sendo acompanhadas pelos programas de monitoramento e atendimento prioritário da SSP, que incluem vítimas e agressores monitorados em tempo real, por meio do Dispositivo de Proteção à Pessoa e por meio do Viva-Flor.